quarta-feira, 9 de abril de 2014

O impacto do encorajamento na criança.

As crianças que são encorajadas nas suas tarefas, atitudes e desejos, quer no contexto do núcleo familiar, quer no contexto de sala de aula, são mais felizes e realizadas. Encorajar visa um comportamento positivo no futuro. Assim, ter o poder de encorajar uma criança é, sobretudo, oferecer-lhe oportunidades para desenvolver comportamentos positivos que ditam a percepção de “Eu sou capaz”; “Eu posso contribuir”; “Eu posso influenciar aquilo que se passa comigo” e “Sou capaz de fazer os exercícios que a professora pediu”.

O Encorajamento é uma ferramenta muito útil na educação dos filhos/educandos, na medida em que possibilita o ensino das competências vitais (necessárias para o sucesso e bem-estar); direciona o mau comportamento num sentido positivo e incentiva a criança na realização de tarefas do foro físico e cognitivo, aumentando assim a sua auto-estima e uma relação cordial com o mundo que a rodeia.

É de salientar que o encorajamento só é eficaz na mudança de atitude da criança, especialmente quando os pais/educadores têm a coragem de desistir de tentar motivá-la através da punição, dos sermões e de outras formas de culpabilização. Quando assimilarmos, verdadeiramente, que uma criança mal comportada é uma criança desanimada e desencorajada, estamos prontos para trabalhar em formas de a estimular. Um dos pontos de partida é o ato de encorajar.

O Encorajamento deve ser a forma mais eficaz, principalmente quando assumimos que os castigos não motivam a criança a melhorar/mudar de comportamento. Por detrás de um mau comportamento, existe uma mensagem da criança que se sente desencorajada e, nesse sentido, cabe-nos a nós agir em conformidade com essa mensagem e evitar reagir, negativamente, ao mau comportamento. É necessário estarmos cientes que somos muito mais competentes para encorajar do que para castigar!

O Encorajamento pode ser concretizado de diferentes formas, especialmente se utilizarmos uma linguagem positiva, pois esta poderá promover um tempo de “acalmia” após um conflito… se mostrarmos atitudes de cooperação na realização de tarefas, em casa ou na escola, não nos devemos esquecer de citar a célebre frase “Tu consegues, pois eu sei que és capaz!”. Não menos importante é a criação de rotinas diárias que permitam um tempo exclusivo para a criança, no qual podemos questioná-la acerca dos mais variados assuntos ao invés de “bombardeá-la” com inúmeras afirmações. O encorajamento tem como objetivo o aperfeiçoamento e não a perfeição das relações parentais, que devem ter por base os valores e os afetos.

Elogie, motive e encoraje!

Filipa Silva

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