domingo, 5 de maio de 2013

Onde está mesmo o Manual de Instruções? Não vi...

Vivemos numa Era de informação, tecnologia, conhecimento…
E como mãe de primeira viagem, não quis deixar por mãos alheias (e desinformadas) a minha gravidez, e muito menos a educação que viria a dar ao meu filho, daí que me tenha apetrechado de livros de puericultura, daqueles que falam de tudo, até aqueles que relatam experiências reais de mães prontas a ajudar, com a melhor das intenções, com os seus conselhos mais úteis…

E assim vivi a minha gravidez, entre livros e conversas na primeira pessoa, preparando-me para o que seria (mal sabia eu), o maior desafio da minha vida.

Sentia-me completamente preparada! Era o que respondia quando me perguntavam como estava… Ansiosa? Nervosa? Nada disso… Preparada não, preparadíssima… Escusado será dizer, que viria a constatar que este meu estado de espírito seria testado até ao limite e quebraria crenças / mitos da minha vida e da educação enquanto mãe…

Caros futuros pais, gravem na vossa memória, jamais estarão preparados, podem achar (como eu) que sim, mas quando tiverem o vosso filho (a) nos braços parecerá que nada sabem mas depressa se aperceberão que o vosso filho(a) é único, e ninguém o(a) conhece melhor do que vós… Não digo que os tais livros não sejam úteis, mas por vezes criam expectativas irreais acerca daquilo que é normal, do que irá acontecer, o que posteriormente pode-nos fragilizar enquanto mães, enquanto pessoas…

Nenhum filho traz livro de instruções, nós aprendemos a educá-lo por tentativa e erro, sendo que cada filho é único, diferente do outro, e põe à prova aquilo em que sempre acreditamos e julgamos como verdade.

A educação de um filho é muito mais que ensiná-lo a vestir, comer, comportar, é fazer dele uma pessoa que respeite e seja respeitado como tal, seja tratado como um ser com inteligência, carácter e não apenas como uma “tábua rasa” sem qualquer discernimento. Acima de tudo ser mãe e pai está dentro de cada um de nós, é uma experiência única que, com as ferramentas certas torna-se mais fácil fazê-los crescer enquanto nos enriquecemos não só enquanto pais, mas como pessoas.

Só mais uma coisa, quando vos disserem que a vossa vida vai mudar drasticamente, tipo 180 graus, e vocês acharem que isso é mais um daqueles clichés (mais uma vez como eu), que não vai acontecer convosco, que têm tudo controlado… pensem duas vezes… Esta se calhar é a única certeza que deveria constar de um verdadeiro manual de parentalidade, na capa de preferência…

Brígida Henriques

2 comentários:

  1. Parabéns! O texto está óptimo :) e tenho concordo em absoluto, a vida muda muito, quando somos pais comprometidos e entregues totalmente a este amor arrebatador e incondicional pelo(s) filho(s), um amor que cresce de dia pra dia.

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  2. Parabéns sister... Elucidar as pessoas com as nossas próprias vivências é sempre uma maneira de ver e experiênciar o lado real da vida!
    Beijos e força nest enovo projecto.
    Marco

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